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Brasil joga melhor, esbarra em "paredão", mas cai para a Argentina na Copa de Futsal

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|  Foto: Foto: Reprodução/Redes Sociais
Brasil teve atuação superior, mas acabou batida pela Argentina na semifinal. Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Seleção Brasileira fez um grande jogo na disputa por uma vaga na grande decisão da Copa do Mundo de Futsal - mas acabou eliminada pela Argentina, por 2 a 1, nesta quarta-feira (29), em grande atuação do goleiro Sarmiento. Resta ao Brasil a disputa do terceiro lugar, no próximo domingo (3), contra Portugal ou Cazaquistão.

Seguindo o esperado por todos, o jogo começou a mil por hora e muito pegado. Logo nos primeiros 30 segundos, Rodrigo Capita e Basile fizeram uma dividida forte, com o argentino chegando de carrinho, mas ambos se cumprimentaram e o jogo seguiu.

Com um início muito amarrado, as equipes não conseguiram criar oportunidades de gol nos primeiros quatro minutos. Os dois times marcavam no campo de ataque e forçavam o adversário a se livrar da bola com lançamentos longos ou chutes para fora, sem perigo.

A primeira chance clara foi do Brasil. Aos 4 minutos, Dyego recebeu na lateral da área, fez boa jogada individual e chutou em cima do goleiro. Pouco depois, Pito recebeu na intermediária, avançou pela direita e soltou um míssil, carimbando a trave esquerda do goleiro Sarmiento, que só olhou.

Com as duas boas chances, o Brasil assumiu o controle da partida. No entanto, o banco argentino vibrava muito com cada corte defensivo e incentivava os companheiros a avançarem com mais contundência ao ataque. Aos 8, em um vacilo na saída de bola, Brandi roubou e ficou frente a frente com Guitta, que fez sua primeira grande defesa no jogo.

Na sequência, a Seleção contra-atacou e Pito disparou pelo lado esquerdo. Depois de passar por dois adversários, o goleiro Sarmiento saiu da área para bloquear e acabou acertando o brasileiro em cheio, recebendo o primeiro cartão amarelo de um jogo muito intenso e pegado.

Aos 9, Guitta fez mais uma boa defesa. Em cobrança de falta da intermediária, Cuzzolino chutou forte, à meia altura, obrigando o goleiro brasileiro a espalmar para fora. No lance em que originou a bola parada, Lino subiu demais o pé e recebeu o segundo cartão do jogo, cada vez mais tenso.

Na sequência, Dyego encaixou mais uma boa jogada individual - bastante similar à primeira do jogo. Ele cortou para dentro, o drible encaixou e ele parou mais uma vez em Sarmiento. Assim como Guitta, o goleiro argentino estava em tarde inspirada na semifinal da Copa do Mundo.

Após igualar as ações, a Argentina conseguiu o gol. Borruto recebeu em cobrança de escanteio, finalizou em cima do carrinho de Rodrigo Capita e teve a sorte de ficar com o rebote limpo para chutar no cantinho, sem chances de defesa. Em cima da linha, Alemany ainda conferiu empurrando para a rede.

Aos 12, Leonardo fez ótima jogada pela direita e lançou por cima para Ferrão. O artilheiro brasileiro fez malabarismo para finalizar e acertou o travessão. No rebote, com a bola em disputa pelo alto, Sarmiento espalmou para fora. Na sequência, mais uma falta violenta da Argentina - a quarta do jogo. Alemany recebeu o cartão amarelo.

Os hermanos ampliaram aos 13. Após lançamento longo nas costas da defesa, Rescia cruzou de primeira, rasteiro, e encontrou Borruto. O camisa 9 só teve o trabalho de empurrar para o gol, aumentando a vantagem e deixando o Brasil em situação delicada.

Pito quase diminuiu aos 14 em boa jogada individual, mas Sarmiento seguiu fazendo a diferença e voou para dar o tapa em escanteio. O Brasil cercava os argentinos, encurralados na área de defesa, mas o gol não saía. Na sequência, Pito chutou quase sem ângulo, na lateral esquerda da área, mas a bola bateu caprichosamente na trave antes de sair.

Em contrapartida, a Seleção contou com a sorte para não tomar o terceiro gol. Aos 17, em mais uma roubada no campo de ataque, Claudino tirou dois marcadores e o goleiro Guitta antes de acertar de bico no pé da trave. Na sequência, Borruto finalizou, a bola desviou na defesa e Guitta se esticou todo para evitar mais um.

O Brasil descontou aos 17. Em jogada rápida na cobrança de escanteio, Marlon cruzou rasteiro, a bola passou por todo mundo e encontrou Ferrão na segunda trave. Ele deu um carrinho e tocou de leve para estufar a rede e recolocar a Seleção viva no jogo.

Durante os últimos três minutos, o Brasil adiantou o goleiro Guitta para jogar na linha de meio-campo. A intenção era uma blitz para buscar rapidamente o empate ou forçar a quinta falta. Aos 17, Rocha fez lindo giro em cima do zagueiro e soltou a canhota. A bola ainda triscou na trave antes de sair, arrancando um suspiro do banco brasileiro.

Nos últimos segundos, a Seleção subiu com tudo e a finalização de Dyego explodiu na defesa. A bola ainda sobrou caprichosamente para Cuzzolino, com o goleiro Guitta adiantado, mas ele mandou por cima do gol. Logo depois, soou o sinal de fim da primeira etapa.

Segundo tempo

O Brasil entrou na etapa final com o mesmo ritmo forte. Logo no primeiro minuto, Rocha ensaboou pela direita, cortou para o meio, limpou a defesa e soltou a canhota para mais uma intervenção de Sarmiento. A temperatura da partida subia cada vez mais, com discussões, divididas e entradas não tão leais como no primeiro tempo.

Antes de cinco minutos, o Brasil já havia cometido três faltas - além de um cartão amarelo para Ferrão. A Argentina, aproveitando a vantagem no placar, passou a jogar apenas nos erros da Seleção. O desafio era todo nosso; enfrentávamos, além de um ótimo time, um placar adverso e também o relógio.

O jogo virou ataque contra defesa. Dyego, Ferrão e Rodrigo Capita finalizaram com perigo aos 5, aos 6 e aos 7 minutos. Aos 8, a Argentina também alcançou a terceira falta, igualando o Brasil. Enquanto Guitta passou a ser quase um jogador de linha, Sarmiento seguia fazendo milagres no gol adversário.

Em cobrança de escanteio, ainda aos 8, Ferrão infiltrou no meio da área e finalizou prensado com o goleiro, em grande chance de gol. Na sequência, o pivô acaba pisando no braço de Sarmiento, sem querer, parando a partida para atendimento. Agora era o Brasil que apertava a saída de bola.

Aos 12 minutos, quase de forma consecutiva, as duas equipes chegaram às cinco faltas cometidas. Qualquer infração a partir dali seria em cobrança de tiro livre direto sem barreira, aumentando ainda mais a tensão da quadra. Faltando pouco mais de 7 minutos, o Brasil ainda corria atrás de um gol para levar o jogo à prorrogação.

Aos 15, Pito recebeu na entrada da área, de costas para o gol, e fez bonito giro para finalizar. No entanto, a bola subiu muito e foi direto para fora. Pelo volume de jogo, o empate já seria um resultado mais justo há algum tempo. Mas, como não há justiça sempre no futebol (e no futsal), a perseguição ao gol continuava.

A pouco mais de três minutos do fim, o Brasil passou a jogar com Diego como goleiro-linha e partiu para a pressão total. Em menos de dois minutos, duas grandes chances foram criadas - uma que pegou em Pito, em pé ao lado da trave, e outra defendida por Sarmiento em chute de Rocha.

No entanto, nem na base do "abafa" o empate saiu. Com lateral ganho a dois segundos do apito final, o time argentino já comemorava muito e se abraçava no banco de reservas. Os hermanos agora esperam o vencedor entre Portugal e Cazaquistão, nesta quinta-feira (30), às 14h.

Quem perder na outra chave encara a Seleção Brasileira na disputa do terceiro lugar, no próximo domingo, às 12h.

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